Quem sou eu

Um publicitário que vive a nostalgia dos anos 70, 80 e 90.
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domingo, 22 de novembro de 2009

Um Domingo no Parque meio frustrado



Esta história que vou contar é verídica, pois afinal aconteceu comigo. Quando tinha meus seis, sete anos, eu estudava numa escola estadual no bairro do Brás em São Paulo, chamada Escola Estadual de Primeiro Grau Romão Puiggari. E nesta época a escola foi convidada para participar no programa Domingo no Parque, programa de sucesso nos anos 70 e 80 no SBT e na Record, cujo ancora era o Silvio Santos, falo na Record, pois na época o Silvio Santos tinha as duas emissoras transmitia o programa nas duas simultaneamente, pois bem como já disse a escola foi convidada, mas existia um processo de seleção, afinal não poderia ir a escola inteira. Ai começou a frustração e se alguém acredita em destino, podemos dizer que o meu já estava definido. Foram selecionados alguns alunos de cada classe para participarem do evento e no sorteio por um nome de diferença fiquei fora. Meu colega de classe o Joseph, não poderia esquecer este nome afinal não é comum, foi selecionado no meu lugar, eu era o próximo da lista. Primeira frustração aconteceu ai. Meu primo estudava em outra classe e teve a felicidade de ser convocado. A três dias do evento, eis que o Joseph ficou gripado, portanto não poderia ir. Adivinha quem iria ao lugar dele? Sim era Eu mesmo, mas minha alegria durou pouco e a um dia do evento, quem ficou gripado? Sim, acreditem de novo, de fato não era para eu ir neste evento. O que me restou foi ficar assistindo meu primo e minha escola ser campeã pela Televisão, com certeza o Domingo no Parque naquele dia foi frustrante pra mim. Desculpem  pelo vídeo abaixo pois é bem antigo, o audio está até em mono.





terça-feira, 3 de novembro de 2009

Antes de MJ Depois de MJ

Dia 02 de novembro, coincidência ou não com a data, fui assistir ao filme This Is It. Confesso que antes de entrar na sala de exibição fiz um exercício, esqueci que o filme já gerou uma receita absurda no mundo todo, que muitos ganharam com todo o sensacionalismo feito com sua morte, esqueci dos fatos polêmicos envolvendo Michael Jackson (MJ), de suas transformações físicas e de toda sua infância conturbada e do sucesso precoce, foquei única e exclusivamente na essência do documentário e o que presenciei foi um último ato, se é assim que podemos dizer. Um ato de humildade e de sonhos de um elenco de jovens dançarinos e músicos que cresceram e aprenderam dançar olhando e ouvindo as exibições de MJ.
Antes dele, embora não tenha vivido esta época, tivemos Elvis Presley que também foi capaz de mover milhões de fãs. Mas meu único contato com Elvis, eram os filmes que assistia nas Sessões da Tarde na minha infância e as músicas que aprendi a gostar com o tempo e as quais escuto ainda hoje. Com MJ foi diferente, cresci ao som de " Don´t Stop ' Til You Get Enough" do álbum Off The Wall, não na abertura do Vídeo Show mas sim ao som e performance dele próprio. Tentei inúmeras vezes imitá-lo ao som de Billie Jean e é claro gastei as agulhas da Picape de tanto ouvir o álbum Triller. e ainda vivenciei sua vinda ao Brasil com a turnê Dangerous, em 1993, quando o astro estava no auge de sua carreira com seus 35 anos.
Não tenho palavras para o que vi no filme e nem se quer imaginação para o que esta turnê poderia  ter sido Seu perfeccionismo, sua criatividade, seu conhecimento musical, enfim toda a genialidade do Rei do Pop misturada com toda a experiência adquirida ao longo da carreira e o desejo de mostrar a todos que ainda merecia este título. MJ tinha tudo para que os seus 50 anos misturassem gerações nesta nova turnê.
Acredito que diante daquela criança de 50 anos estavam jovens com um sonho de poder subir ao palco com o Rei do Pop e que apesar da frustração da turnê não ter acontecido, guardarão em suas lembranças um último momento com seu ídolo em ensaios, e a ilustre oportunidade é claro de terem sido selecionados entre tantos talentos para esta última aparição com MJ.
Como não existirá outro Elvis, nem outro Beatles, acredito que também nunca existirá outro MJ. Hoje vivemos claramente num cenário da indústria fonográfica, de Blockbusters curtos e que vendem muito e de curta duração. Depois de Michael Jackson não sei se teremos outro mito que possa mover tantas multidões.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A luta por um vinil


Ainda me lembro daquele dia em que meu irmão me chamou para ir ao Centro da cidade, era uma manhã de férias, pois naquela época (1981) eu só estudava.
Ele estava desesperado para comprar aquele vinil ou LP, como era chamado na época.
Nós andamos por várias lojas de disco no Centro e nada de encontrar, eu meio sem entender nada afinal não sabia do que se tratava, nunca havia ouvido falar na banda apesar de já ter ouvido algumas músicas, eu não associava as músicas a banda.
Após rodar algum tempo no Centro, chegamos a uma das mais tradicionais lojas de disco da época, ai meu irmão disse:
- Se não acharmos aqui, não acharemos em lugar nenhum.
Esta loja ficava próxima do Teatro Municipal e seu nome era Museu do Disco.
A loja era fantástica, tinha um grande repertório de clássicos e atuais em seu estoque.
Meu irmão ansiosamente chegou ao vendedor e perguntou se eles tinham o último LP do Earth, Wind & Fire, aquele com uma esfinge na capa meio rosa, meio lilás, que tem a música Let's Groove. Eis que o vendedor falou:
- Não temos ainda, mas está para chegar, se quiser encomendar.
Obviamente que ele encomendou. O LP chegaria em algumas semanas e teríamos que controlar nossa ansiedade até a sua chegada, eu por curiosidade e ele pelo desejo de ter um vinil que se tornaria um clássico deste segmento musical.
O tal sonhado dia chegou e voltamos à loja para pegar o LP. Chegando em casa fomos direto para a sala e próximos ao bom e velho 3 em 1 colocamos o LP para tocar. Foi ai que entendi a luta pela compra daquele vinil.
O albúm de nome RAISE foi lançado em 1981, levou disco duplo de platina e trazia músicas como "My love Wanna Be with You" e "Let's Groove".
Agora é só recordar

Let's Groove - EWF

My Love wanna Be With You - EWF




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como tudo começou

Em 1979 com sete anos de idade fui convidado juntamente com meu primo Marcelo de oito, pelo irmão dele Tadeu, para conhecer a casa noturna que ele tocava na Rua Augusta em São Paulo. Acreditem se quiser, foi fantástico. Ele conseguiu armar um esquema para entrarmos numa manhã, pois especificamente naquele dia a casa faria um evento especial de manhã e ele tocaria.
Tadeu conseguiu burlar a segurança e falar direto com o responsável pela casa (Caca). O nome da casa era Esculacho (não sei se é assim que escreve, afinal faz 30 anos).
Meu primo era DJ residente na casa e tocava muito, alias não sei por que não seguiu carreira.
A casa era fantástica, cheia de espelhos e luzes na pista, muito parecida com a que John Travolta dançou em Os Embalos de Sábado à Noite, ao som de Bee Gees.
Em dado momento pessoas dançavam de forma homogenia na pista, não tinha como não prestar atenção nos tradicionais passinhos.
Agora imaginem um ser de sete anos mais um de oito anos no meio daquela turma, era inevitável que não passaríamos despercebidos.
Fomos chamados para se juntar ao grupo e fazer o passinho junto com eles, não lembro se ao som de Bee Gees ou Koll and the Gang, mas ingressamos ao grupo, e com toda a minha timidez acreditem se quiser começamos a dançar igual a eles.
Acredito que neste dia iniciou minha paixão pela musica e particularmente pelos anos 70 começou.